Esse movimento não é novo, é algo que foi crescendo
proporcionalmente nessa última década e tem gerado muitos adeptos. Não estou
aqui para definir o eu é certou ou errado, mas apenas para dar minha opinião
livre sobre o assunto.
Eu sei muito bem o que é viver em uma igreja cheia de dogmas, sacramentos,
santidade e máscaras para esconder a hipocrisia. Sei muito bem o que é viver em uma igreja onde
é mais importante fazer o quinquagésimo aniversário do pastor do que comprar
um remédio para a irmã convalescendo em casa sem poder ir à igreja. Eu sei muito
bem, que é ter que sorrir na igreja para todos fingindo que está tudo bem, pq
se contasse as lutas e percalços da vida, seria julgada como estando em pecado
e pagando pelos erros. Eu sei muito bem o que viver em uma igreja onde o dízimo
é lido em público para que o irmão que mais dizimasse fosse aclamado como o
mais abençoado. Eu vi alguns irmãos “simples” sendo apedrejados e expulsos da
igreja por pecados cometidos, e vi outros irmãos “poderosos” cometendo os
mesmos pecados sendo encobertos por razões interesseiras.
Eu vivi por muitos e muitos anos em uma única igreja, já na infância
conheci o amor incomparável de Deus e fui inundada pelo amor de Jesus. Eu
cresci fazendo com dedicação a obra do Senhor, crendo verdadeiramente na obra
redentora de Jesus Cristo na cruz do calvário e buscando viver uma vida reta de
comunhão com Deus e com os irmãos. Eu conheci a igreja genuína que pregava a
mensagem da cruz, que nos fazia sentir por um momento que o céu era aqui na
terra, dentro de nossa igrejinha local. Eu amava estar na de Deus, cantar,
orar, pregar, louvar, adorar, tudo era algo me dava um prazer indescritível.
Eu fazia tudo por amor a Deus, era extremamente dedicada e fiel,
porém quando fui ficando adulta, algo me angustiava me sentia sufocada, eu
comecei a ver as coisas erradas dentro da igreja, via os privilégios, as
conspirações, a inveja, as traições, as cobiças, as brigas por cargos, o
desfile de moda, as concorrências pelas oportunidades, à opulência dos templos
e os vazios das almas. A igreja estava cheia de pessoas vazias de amor ao
próximo, mais preocupados em receber do que em dar. A multidão levantava as
mãos para adorar a Deus, mas não as estendia para ajudar o próximo. Comecei a
ver na igreja uma fé morta, sem obras, um verdadeiro vale de ossos secos sem
vida, sem união, sem fraternidade, sem companheirismo e sem solidariedade.
Em um belo dia percebei que eu não cabia mais lá naquela igreja,
era tudo estranho, as mensagens, os louvores eram belíssimos, mas eu não me
conectava mais, teve um momento que no meio do culto eu olhei para todos os
lados e me perguntei: o que eu estou fazendo aqui? Quem são essas pessoas? Que
igreja é essa, meu Deus? Onde está aquela igrejinha onde eu cresci, onde está
aquele povo barulhento? Estamos vivendo o evangelho dos artistas e seus
palcos, dos pastores malabaristas e ventríloquos, a mensagem farinha com açúcar
que enche a barriga, mas não alimenta o corpo e nada daquilo me satisfazia
mais. Claro que nem tudo era errado, haviam pessoas extremamente zelosas e
fieis a Deus, muitos verdadeiros adoradores. Eu no entanto não consegui ser
feliz lá, não encontrava meu lugar, minhas raízes...
Detalhe: as pessoas na verdade não havia mudando, eram os mesmos irmãos,
as mesmas coisas de sempre. Então percebi que fui eu que mudei, eu abri olhos,
eu precisava respirar, precisava ver outras formas de igrejas para entender se
o que eu via de errado era só na minha. Por fim, me afastei comunicando ao meu amado
pastor a quem eu admiro profundamente por ser ele um verdadeiro servo do
Senhor. Não ponho culpa no pastor, ele é um dos homens mais íntegro, honesto, solidário e fiel a Deus, que conheci na vida.
Não culpo a ninguém em especial, apenas não conseguia mais viver nesse “sistema”.
Foi então que decidi ir conhecer novas igrejas, novos caminhos e novos
movimentos. Até hoje confesso que não encontrei “a igreja perfeita” pq na
verdade essa igreja só existirá no céu. Mas por não conseguir me adaptar a nenhuma
igreja, fiquei apenas visitando e aos poucos sem saber e sem querer eu tomei-me
mais um desigrejado.
Eu não escolhi isso e nem quero de modo algum viver fora de uma
igreja, mas também não quero e nem consigo de modo algum pertencer a uma igreja
onde não me sinto plena com Deus. A conclusão que posso ter de tudo isso é que
devemos sim buscar uma igreja para nos congregar, acredito firmemente no modelo
da igreja primitiva instituída pelos apóstolos. Enquanto não sinto de Deus o
chamado para o seu propósito seja em que igreja for, eu sigo vivendo minha vida
lutando diariamente para ser uma verdadeira serva do Senhor Jesus. Ele me
conhece, sabe o meu andar e levantar, conhece o mais profundo do meu coração.
Sei que preciso avançar e decidir, continuo orando, mas a fé e a certeza da salvação pela graça e misericórdia
de Jesus abranda meu coração, crendo que ele pode através do seu amor me mostrar
qual é sua vontade para minha vida. Por fim, tenho certeza eu não sou um
desigrejado, eu quero pertencer ao corpo de Cristo estando em plena comunhão com
o Senhor e a igreja.
Como diz o hino:
Sim eu amo a mensagem da cruz
Até morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
Até por uma coroa trocar.
Até morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
Até por uma coroa trocar.
BY:
Edhy Bernardo
Veja essa esse vídeo abaixa e entenda pq não sou um desigrejado,
não posso aderir a um modismo idealizado por mentes infantis que não tem o
pleno conhecimento da verdade e que usam passagens aleatórias da Bíblia para justificarem
seu estilo de vida.
Passará o céu e a terra, mas as
minhas palavras jamais passarão. Mt-24:35
Quem for um desigrejado e morar no norte de Portugal entre em contato comigo pelo meu email: rafaelajnr@hotmail.com para podermos adorar e buscar ao nosso Senhor sem necessidade de frequentar um instituição.
ResponderExcluirFique com o nosso Deus!