domingo, maio 21, 2017

O cristão pode em algum momento perder a salvação? (Parte 2)


Como sou cristã desde criança, tendo sido gerada e criada em um lar cristão, na minha juventude ouvi muitas vezes as pessoas falarem assim quando eu ia evangelizar:

Pegunta:
_ Você Edileusa, eu acredito que é mesmo “crente” pq sempre viveu na igreja e nunca cometeu “grandes pecados”, mas essas pessoas que viveram no mundão bebendo, se prostituindo, matando, e drogando, roubando enfim, fazendo tudo de ruim, ai de repente vira “crente”, isso ai é a maior mentira, eles nunca podem dizer que estão salvos!  

Minha resposta:
Quem conhece o meu e o seu coração é Deus, só ele pode dizer quem se salva ou não, mas o amor de Deus refletido no sacrifício de “JESUS na CRUZ” foi exatamente pra isso, salvar aos pecadores e os libertar, perdoar e salvar!  Eu posso até não ter abertamente cometido “pecados grandes”, mas meu coração e meu proceder somente Deus conhece, quem sabe se no meu futuro não posso vir a cometer tais pecados?

Pergunta:
_Então se você cometer essas tais “grandes pecados” continuará sendo salva ou você perderá definitivamente a salvação?

Minha resposta:
_ Confesso que eu mesmo tenho algumas dúvidas em meu coração, mas a palavra de Deus é fiel e verdadeira, e deixa claro que seja qual for o pecado Ele perdoa, se existir arrependimento sincero e o abandono da prática pecaminosa. A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estamos da glória de Deus, não tem isso de nascer na igreja e nunca pecar, não tem isso de “pecadinho e pecadão”, pecado é pecado e ponto final. Cabe a nós nos arrependermos verdadeiramente para termos de volta a “salvação em Jesus” através de sua graça e misericórdia”

PARA MAIORES ESCLARECIMENTOS DEIXO AQUI ESSES DOIS TEXTOS FABULOSOS DE RENOMADOS ESCRITORES EVANGÉLICOS SOBRE ESSE ASSUNTO. VOU DIVIDÍ-LOS EM DUAS POSTAGENS PARA FACILIATR A LEITURA.
EU TENHO MINHAS CONVICÇÕES E CERTEZAS. CABE A VOCÊ QUERIDO LEITOR TIRAR SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES! GRAÇA E PAZ ABENÇOADOS!


Um Crente Pode Apostatar?
Por R. C. Sproul

Nós podemos viver em uma cultura a qual crê que todos serão salvos, que nós somos “justificados pela morte” e que tudo de que você precisa para ir para o céu é morrer, mas a Palavra de Deus certamente não dos dá o luxo de crer nisso. Qualquer leitura rápida e honesta do Novo Testamento mostra que os apóstolos estavam convencidos de que ninguém pode ir para o céu a menos que creia somente em Cristo para a sua salvação (João 14.6; Romanos 10.9-10).

Historicamente, os cristãos evangélicos têm largamente concordado sobre esse ponto. Onde eles diferem tem sido na questão da segurança da salvação. Pessoas que concordariam que apenas aqueles que confiam em Jesus serão salvos têm, por outro lado, discordado acerca de se alguém que verdadeiramente crê em Cristo pode perder a sua salvação.

Teologicamente falando, o que estamos discutindo aqui é o conceito de apostasia. Esse termo vem de uma palavra grega que significa “estar longe de”. Quando falamos sobre aqueles que se tornaram apóstatas ou que cometeram apostasia, estamos falando daqueles que caíram da fé ou, no mínimo, da profissão de fé em Cristo que eles um dia fizeram.

Muitos crentes têm sustentado que, sim, verdadeiros cristãos podem perder a sua salvação porque há vários textos no Novo Testamento que parecem indicar que isso possa acontecer. Estou pensando, por exemplo, nas palavras de Paulo em 1Timóteo 1.18-20:

Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem.

Aqui, em meio a instruções e admoestações relativas à vida e ao ministério de Timóteo, Paulo alerta Timóteo a manter a fé e uma boa consciência, e lembrar-se daqueles que não o fizeram. O apóstolo se refere àqueles que “vieram a naufragar na fé”, homens que ele havia entregado a Satanás, “para que aprendam a não blasfemar” (ARC). O segundo ponto é uma referência à excomunhão daqueles homens por Paulo, e a passagem inteira combina uma sóbria advertência com exemplos concretos daqueles que gravemente decaíram de sua profissão cristã.
Não há dúvida de que cristãos professos podem cair, e caem radicalmente. Pensemos em homens como Pedro, por exemplo, que negou a Cristo. Mas o fato de que ele foi restaurado mostra que nem todo crente professo que cai ultrapassou o ponto em que não é mais possível retornar. Nesse particular, nós devemos distinguir uma queda séria e radical de uma queda total e definitiva. Os teólogos reformados têm notado que a Bíblia está cheia de exemplos de verdadeiros crentes que caem em pecados graves e, até mesmo, em períodos prolongados de impenitência. Então, cristãos de fato caem, e caem radicalmente. O que poderia ser mais sério do que a negação pública de Jesus Cristo por Pedro?
Mas a pergunta é: acaso essas pessoas culpadas de uma verdadeira queda são irremediavelmente caídas e eternamente perdidas, ou essa queda é uma condição temporária que irá, em última análise, ser remediada pela sua restauração? No caso de um indivíduo como Pedro, nós vemos que a sua queda foi remediada pelo seu arrependimento. Contudo, o que dizer daqueles que decaem de modo definitivo? Acaso eles foram algum dia crentes verdadeiros?

Nossa resposta a essa pergunta deve ser não. 1João 2.19 fala dos falsos mestres que haviam saído da igreja como nunca tendo sido verdadeiramente parte da igreja. João descreve a apostasia de pessoas que haviam feito uma profissão de fé, mas nunca haviam sido de fato convertidas. Além disso, nós sabemos que Deus glorifica todos aqueles a quem ele justifica (Romanos 8.29-30). Se uma pessoa tem uma verdadeira fé salvadora e é justificada, Deus irá preservar aquela pessoa.
Nesse ínterim, contudo, se o indivíduo que caiu ainda está vivo, como nós sabemos se ele é um completo apóstata? Uma coisa que nenhum de nós pode fazer é ler o coração de outras pessoas. Quando vejo um indivíduo que fez uma profissão de fé e depois a rejeita, eu não sei se ele é alguém verdadeiramente regenerado que está no meio de uma queda séria e radical, mas que em algum ponto no futuro certamente será restaurado; ou se ele é alguém que nunca foi de fato convertido, cuja profissão de fé era falsa desde o começo.

Essa questão sobre se uma pessoa pode perder a sua salvação não é uma questão abstrata. Ela nos afeta bem no âmago de nossa vida cristã, não apenas no que concerne a nossas preocupações com nossa própria perseverança, mas também com a de nossos familiares e amigos, especialmente aqueles que pareciam, por todas as evidências externas, ter feito uma profissão de fé genuína. Nós pensávamos que a profissão deles era crível, nós os abraçamos como irmãos ou irmãs, apenas para descobrirmos que eles rejeitariam aquela fé.

O que você faz, na prática, em uma situação como aquela? Primeiro, você ora e, então, você espera. Nós não sabemos o resultado final da situação, e tenho certeza de que haverá surpresas quando chegarmos ao céu. Ficaremos surpresos em ver pessoas as quais achamos que não estariam lá, e ficaremos surpresos em não ver pessoas as quais tínhamos certeza de que estariam lá, porque nós simplesmente não sabemos a condição interior de um coração humano ou de uma alma humana. Apenas Deus pode ver essa alma, transformar essa alma e preservar essa alma.


Fonte: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/742/Um_Crente_Pode_Apostatar

Um comentário:

  1. A salvação é individual, com certeza Deus em sua sabedoria e sendo conhecedor de nosso mais íntimo pensamento sabe discernir entre aquele que tem o coração voltado para ele e aquele que o serve em duplicidade de coração. Nunca poderemos enganar a Deus, podemos enganar ao mundo, mas a ele ninguém engana. No dia do juízo final, saberemos afinal quem foi fiel até a morte e quem era só cristão de fachada. Que possamos fazer parte daqueles que amam a Deus com o coração sincero! Amém!

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